Vestidos de azul, que é a cor que representa a causa, com cartazes, carro de som e entoando o brado “não é falta de educação é autismo”, as mães de autistas, seus filhos e amigos da causa, realizaram, ontem (2), pela manhã, em Ibatiba, uma caminhada que saiu da praça do Ifes em direção à praça Central. O movimento puxado pela União de Mães de Anjos Azuis de Ibatiba – UMAI, com apoio da Prefeitura Municipal e comerciantes, foi uma forma de sensibilizar a sociedade sobre o tema, neste dia 2 de abril, em que se comemora o dia Mundial da Conscientização do Autismo.
Depoimentos
Com filho autista, a Jussara N. De Souza Campos pediu mais respeito e fim do preconceito: “Devido o autismo, tem muito preconceito, a gente queria que o povo reconhecesse o autismo, entendesse o que é autista. ..Devido ao autismo deles, muitas pessoas não entendem, acham que eles são umas crianças sem educação, por isso que, hoje, nos estamos aqui para abraçar essa causa... Ninguém pede para ser autista, mas é uma coisa que tem que ter carinho e amor toda hora , todo momento, cuidados, e que o povo venha parar de ter um pouco preconceito com o autismo”.
Agradecida pela enorme adesão das pessoas à caminhada, Jeane Scardini, uma das idealizadoras do movimento, falou sobre o apoio à causa: “Nossa luta só está começando, mas com a ajuda de vocês a gente vai longe... graças a Deus temos a Apae, que tem dado o braço direito para a gente, a Pestallozzi que também tem um suporte bacana, graça a Deus a educação (municipal), depois que começamos a luta, a maioria dos autistas já tem um professor de apoio dentro da sala de aula, isso é uma vitória. Na saúde (municipal) também quero agradecer muito porque nós temos os medicamentos das crianças, temos médico para as crianças, e, agora, também no esporte (municipal), e sei que a gente vai conseguir muita coisa mais. Então quero agradecer de coração, muito obrigada mesmo.”
De acordo com o Secretário de Educação, Djalma Gonçalves, atualmente, o município conta com 12 professores de apoio que acompanham crianças com necessidades especiais nas salas de aula da rede municipal de ensino.
“Uma Educação Transformadora, tem que ser uma Educação inclusiva”, enfatizou Djalma.
Palestra
E a manhã foi finalizada com a palestra da Psicóloga, Laura Queiroz de Freitas, que participou como voluntária, levando uma palavra sobre inclusão.
Roda de Conversa
Mas a programação não ficou por aí, à noite aconteceu uma Roda de Conversa no auditório da Câmara de vereadores envolvendo lideranças no debate sobre inclusão. E participaram do encontro representantes de denominações religiosa, sociedade civil, entidades sociais, entre outros.
CASSIO.OLIVEIRA
Publicado em quarta-feira, 03 de abril de 2019